quarta-feira, 2 de abril de 2014

Entidades de PE são contra o Traçado do Arco Viário do Grande Recife, que corta de morte a APA de Aldeia

Conselho Gestor da Estação Ecológica de Caetés é contra Arco Viário do Recife cortar a APA de Aldeia



ARCO VIÁRO METROPOLITANO DO RECIFE
POSICIONAMENTO DO CONSELHO GESTOR DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE CAETÉS – ESEC SOBRE A QUESTÃO DO ARCO VIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE 

O Conselho Gestor da Estação Ecológica de Caetés - ESEC, reunido no dia 28 de março de 2014, às 9 h, no Auditório desta ESEC, discutiu a questão do Arco Viário  Metropolitano  e Considerando:

1.     A preocupação com as eventuais e possíveis consequências negativas, para esta Estação Ecológica e demais unidades inseridas na APA Aldeia Beberibe,  advindas da construção de uma via rodoviária na dimensão de um Arco Viário;

2.   A região da APA ALDEIA-BEBERIBE ter grande importância ambiental, entre outras, pela manutenção de importante aquífero para abastecimento da Capital do Estado de Pernambuco e Área Metropolitana;

3.      Que a construção de Rodovias, além dos impactos diretos inerentes as obras, é fator indutor de ocupações, na maioria das vezes, incompatíveis com a conservação ambiental e com a qualidade de vida já estabelecida para as populações locais;

* O CONSELHO POSICIONA-SE E DELIBERA, em relação à questão do ARCO VIÁRIO METROPOLITANO, que:

1.    Qualquer traçado a ser definido para o Arco Viário Metropolitano NÃO PASSE POR DENTRO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA ALDEIA-BEBERIBE;

2.       Qualquer traçado do Arco Viário Metropolitano para as áreas fora dos limites da APA não passem por áreas que exija a supressão de vegetação nativa; 

3.    O primeiro procedimento para a eventual efetivação do referido Arco Viário, SEJA O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA-RIMA e que as OPÇÕES LOCACIONAIS DO EMPREENDIMENTO do EIA-RIMA sejam consideradas como as melhores na ordem de preferência àquelas que MENOS IMPACTO AMBIENTAL  CAUSEM A REGIÃO POR ONDE O SEU TRAÇADO  VENHA A PASSAR;

4.   O Governo Estadual analise como opção de substituição da construção do Arco Viário Metropolitano, a UTILIZAÇÃO DE VIAS JÁ EXISTENTES nessa região, o que determinaria certamente menor impacto ambiental e  possível economia de investimentos públicos;

5.      A discussão sobre o Arco Viário passe pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente;
6.     O Conselho Gestor da ESEC Caetés APROVA A SUSPENSÃO DE QUALQUER PROCEDIMENTO sobre a construção do Arco Viário Metropolitano, QUE SEJA  em razão da necessidade de esclarecimentos à sociedade  e ao atendimento das exigências da legislação ambiental ou por alguma eventual irregularidade;

7.     O interesse pela qualidade de vida e bem estar do povo pernambucano, principalmente um meio ambiente saudável, esteja acima dos interesses empresarias e/ou comerciais. 

8.      As eventuais compensações ambientais desta intervenção se façam exclusivamente dentro dos limites da APA – ALDEIA -BEBERIBE

Estação Ecológica de Caetés – Paulista – PE,  28 de março de 2014

ACECAL – Associação Comunitária Cultural e Educacional de Abreu e Lima, Amigos da ESEC - Representante da Comunidade, Apime – Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores, CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente, EREM - Escola  Luiz Rodolfo de Araújo Junior, Jornal “Voz de Caetés”, Prefeitura Municipal de Abreu e Lima – Sec. de Agricultura Meio Ambiente, Grupo Sol Poente, Universidade Federal Rural de Pernambuco, 19º Grupo de Escoteiros “Criança Cidadã” - A ECOSBRASIL apoia este posicionamento do Conselho Gestor de Caetés.